Video - Sombras na Escola: O Último Sussurro
As luzes da escola tremulavam, projetando sombras inquietas nas paredes enquanto Lúcio, Carla e Renan atravessavam o corredor deserto. O chão rangia sob seus passos hesitantes, e o ar parecia carregado, como se a própria escola estivesse viva, respirando, esperando. Um arrepio percorreu a espinha de Renan quando uma risada distante ecoou pelo prédio. O som reverberou entre as paredes, e os três pararam instantaneamente. “É só o vento”, sussurrou Lúcio, tentando parecer seguro, mas nem ele acreditava nisso. O silêncio que se seguiu foi ainda mais perturbador. Carla puxou o celular, mas a tela piscou e apagou. “Sem sinal”, murmurou, mordendo o lábio. Ao dobrarem a esquina, depararam-se com uma porta de madeira maciça, trancada com um cadeado enferrujado. A madeira estava coberta de rabiscos grotescos, rostos contorcidos que pareciam gritar. Os olhos das figuras desenhadas pareciam segui-los. Renan se aproximou para examinar os desenhos quando um estrondo os fez saltar para trás. A risada distante se intensificou, transformando-se em um coro de sussurros entrecortados por ruídos secos, como unhas arranhando a madeira. Carla agarrou o braço de Lúcio com força. De repente, a porta rangeu sozinha, abrindo-se devagar. Lá dentro, a escuridão era densa, absoluta. Uma corrente de ar frio escapou do interior da sala, trazendo consigo um cheiro de mofo e algo podre. “Não devíamos entrar”, alertou Carla, mas já era tarde. Um vulto indistinto emergiu das sombras, seus contornos pulsantes como se fossem feitos de pura escuridão. A porta se fechou atrás deles com um estrondo. O riso se transformou em gritos lancinantes que ecoaram pelo corredor vazio. Lúcio puxou a maçaneta com desespero, mas ela não cedeu. O desespero cresceu quando perceberam que os rabiscos nas paredes se mexiam, os rostos se deformando em expressões de dor. Foi então que a voz sussurrou ao ouvido de Renan, fria e cortante como uma lâmina: “Vocês nunca sairão daqui.”