Video - Ritual da Carne: A Ascensão de Pedro
Pedro, o forasteiro de curiosidade perigosa, foi atraído à floresta de Valefrio não por um som, mas por um vazio inquietante no ar. Na clareira, a lua pálida revelava os aldeões em seu ritual de autofagia metódica. A cena era de horror silencioso. A pele dos corpos estava frouxa, um manto ceroso e quase transparente, escorrendo um óleo espesso que refletia a luz lunar com um brilho doentio. O som da noite era apenas o estalido úmido da carne sendo mastigada com uma calma terrível. Um velho, de olhos leitosos, revelou: era o "pagamento", alimentando "A Matriz", a essência ancestral que reside sob a terra da aldeia. A pele era a humanidade, o invólucro que precisava ser consumido para nutrir o que exigia ser. Quando Pedro tentou fugir, o ar ao seu redor condensou em uma pressão sufocante. Sentiu uma coceira selvagem irromper em seus ossos, um instinto de apetite que suplantou o medo. Sua própria pele começou a se desfazer em finas tiras gelatinosas e mornas — a casca — liberando um vapor ferroso. Ele não gritou de dor, mas de uma necessidade desesperada e biológica. Caiu, olhando para a mão, agora vermelha e úmida. O cheiro doce e metálico era irresistível. Sucumbindo ao comando implantado, Pedro levou a própria carne à boca, seus olhos fixos na lua. Ele não era mais vítima; era o novo devoto que, mastigando sua casca, garantia que A Matriz florescesse, adicionando seu estalido ao coro noturno.