Video - O Inferno das Trincheiras: Sobrevivência e Desespero na Grande Guerra

O Inferno das Trincheiras – Sobrevivendo à Primeira Guerra Mundial O barulho nunca cessava. Explosões rasgavam a terra, jogando lama e corpos para o alto. O ar fedia a pólvora, sangue e morte. A lama era espessa, grudenta, sugava os pés como se quisesse arrastar os soldados para o túmulo. O frio mordia os ossos. Mas nada, absolutamente nada, era pior do que o medo. No início, a guerra parecia um jogo. Jovens marchavam sorrindo, sonhando com medalhas e glória. Mas a realidade chegou rápido. A primeira vez que ouviram o ronco das metralhadoras, entenderam: ninguém sai vivo do inferno. E então veio o gás. A nuvem amarela rastejava pelas trincheiras, queimando tudo em seu caminho. Quem hesitava, morria sufocado, os pulmões se dissolvendo por dentro. Máscaras eram luxo. Quem não tinha, improvisava com panos encharcados de urina. Quem não conseguia… caía no chão, se debatendo como um peixe fora d’água. A vida dentro das trincheiras era uma sentença de morte lenta. O frio era um inimigo invisível, gangrenando dedos e pés. Os ratos eram do tamanho de gatos, alimentando-se dos mortos… e às vezes, dos vivos. Piolhos infestavam uniformes e espalhavam febre. A comida? Podre, dura, infestada de larvas. Mas ninguém reclamava. Comer era um privilégio. O pior era a espera. Dias e noites, presos naquele buraco enlameado, ouvindo o inimigo cavando, sabendo que a morte poderia vir do nada. Granadas despedaçavam companheiros em um piscar de olhos. Batalhas corpo a corpo eram travadas no escuro, com baionetas e pás afiadas. Cada metro de terra conquistado era pago com centenas de vidas. E mesmo assim, eles continuavam. Porque na Primeira Guerra Mundial, a única coisa mais mortal do que as armas… era a esperança de voltar para casa.