Video - O Grimório Proibido: A Curiosidade Fatal de Ana

Ana (25, bibliotecária assistente com óculos no nariz, uma curiosidade perigosa), sempre soubera do grimório. "O Livro Que Não Deve Ser Aberto" estava na seção proibida da biblioteca, um labirinto empoeirado com cheiro de pergaminho antigo. Em uma noite tempestuosa, enquanto relâmpagos rasgavam o céu e a chuva chicoteava as janelas como agulhas, a curiosidade venceu. Seus dedos nervosos encontraram o volume sem título, de couro negro e fivelas de bronze corroído. Ao abrir a capa, as palavras não eram letras; eram glifos convulsionantes, que se contorciam em rostos esqueléticos que pareciam gritar em agonia silenciosa. O ar ficou espesso, com cheiro de enxofre e ozônio. Sombras se arrastaram, não como fumaça, mas como apêndices serpentinos, agarrando seus pés com força gélida. A cada página virada, a realidade se desintegrava. Ana via vislumbres de sacrifícios antigos e rituais cósmicos onde a humanidade era mera oferenda. Ela descobriu que o livro não continha segredos, mas sim almas aprisionadas. Quando tentou fechar o tomo, uma mão fria e escamosa, de dedos longos como agulhas, emergiu do vazio negro entre as palavras. Agarrou seu pulso, puxando-a para dentro da escuridão do volume com uma força sobrenatural. O último eco de sua voz foi um grito estrangulado que se perdeu no estalido seco das páginas que se fecharam. A biblioteca silenciou. No dia seguinte, apenas um par de óculos quebrados e uma mancha de líquido viscoso no chão denunciavam a tentativa de leitura. E no fundo do grimório, a voz de Ana se unia para sempre ao coro dos condenados.