Video - Memórias Corrompidas: O Último Teste de Drax
No ano de 2191, as lembranças podiam ser compradas como arquivos. Memórias em HD, emoções de mentira, traumas em loop. Drax, um rastreador mental de Zona 9, ganhava a vida limpando mentes danificadas por implantes piratas. Certo dia, recebeu um cliente incomum: um garoto mudo, com olhos artificiais vermelhos e um chip colado na nuca. No chip, havia um arquivo corrompido chamado: “Não sou eu.” Curioso, Drax o carregou em sua própria mente — algo que jamais fazia. Mas esse arquivo era diferente. Vivo. Em segundos, foi lançado dentro de uma memória. Chuva pesada. Um quarto pequeno. Uma criança chorando. No reflexo do vidro, ele viu… ele mesmo. Mais jovem. Mais humano. — “Você se lembra de mim?”, sussurrou uma voz metálica. Drax tentou sair. Mas o arquivo não deixava. Cada vez que tentava escapar, outras lembranças surgiam. Antigas. Esquecidas. Gritos. Injeções. Um homem de bata rindo. E o mesmo garoto, preso, sempre preso. Drax caiu no chão, suando frio. O garoto, agora em pé, o encarava. “Você não me apagou direito, Drax. Eu sou seu primeiro teste. E agora… é sua vez de esquecer.” A memória se apagou. A cidade continuou. Mas Drax… Nunca mais acordou.