Video - A Promessa de Noé: O Renascimento Após o Dilúvio

Os homens riam, bebiam e se entregavam à violência sem pudor. O mundo estava podre, corrompido, e o Criador já não podia suportar tamanha perversidade. Noé, um homem justo, ouviu uma voz vinda do alto. Uma ordem clara, cortante como lâmina: — "Construa uma arca, pois trarei um dilúvio para limpar a terra." Nunca havia chovido antes. Mas ele não duvidou. Reuniu seus filhos — Sem, Cam e Jafé — e começou a gigantesca construção. Dia após dia, as marteladas ecoavam pelo vale. Os vizinhos vinham e zombavam: — "Você ficou louco, Noé?" — "Onde está essa tal tempestade?" Mas Noé continuava. Deus o guiava, e ele confiava. Então, começaram a chegar os animais. De dois em dois, eles vinham como que atraídos por uma força invisível. Leões caminhavam ao lado de cordeiros, serpentes rastejavam em silêncio, e o céu escureceu com bandos de pássaros. O espetáculo era impressionante, mas nem assim os homens se arrependeram. Noé e sua família entraram na arca. O céu, antes limpo, começou a se enegrecer. O primeiro trovão rasgou o silêncio, e uma gota solitária caiu na terra seca. Depois outra. E mais outra. Então, os céus se abriram. A chuva veio como nunca antes. O chão rachado se transformou em lama, os rios transbordaram como feras libertas, e as casas foram varridas como folhas ao vento. O desespero tomou conta. Os zombadores agora gritavam pelo nome de Noé, batendo na madeira da arca, implorando por misericórdia. Mas era tarde. Por quarenta dias e quarenta noites, o mundo se afogou. Gritos se tornaram murmúrios. Murmúrios se tornaram silêncio. Apenas a arca flutuava sobre a vastidão sem fim. Quando tudo terminou, Noé abriu a janela e soltou um corvo. Depois, uma pomba. No terceiro voo, a ave retornou com um ramo de oliveira. A terra estava renascendo. E assim, a história da humanidade recomeçou. Mas desta vez, marcada pela promessa de Deus —Noé desceu da arca, olhou para o céu e sussurrou: — "Nós ouvimos, Senhor. Que nunca nos esqueçamos."