Video - A Noite do Vigia: O Encontro com o Desconhecido

Meu nome… não importa. O que importa é o que aconteceu na noite em que fui chamado para substituir o vigia do necrotério. Disseram que era simples: ficar na sala de vigilância, olhar as câmeras e anotar qualquer movimentação. Mas logo vi algo que não fazia sentido. Na câmera do corredor principal a porta da Câmara 12 estava entreaberta. Só que… a Câmara 12 estava vazia há semanas. Pensei que fosse só mau fechamento, mas então a porta se fechou sozinha Bem devagar. Desci para verificar o corredor, estava tão silencioso que eu ouvia meu coração ecoando. Quando cheguei na frente da Câmara 12 senti um vento gelado, mesmo sabendo que ali não havia nenhuma janela. Abri devagar… E a gaveta metálica estava fechada. Perfeita. Intacta. quando virei para sair ouvi atrás de mim: “Não me fecha de novo…” Travei. Minha respiração sumiu. Virei rápido — a gaveta agora estava aberta como se alguém tivesse empurrado de dentro. Chamei o supervisor pelo rádio. Só deu chiado A luz do corredor piscou A câmera atrás de mim ligou sozinha, fazendo aquele clique metálico. E aí no monitor da sala de vigilância meu próprio rosto apareceu. Só que eu não estava na sala. A gravação mostrava eu entrando na Câmara 12… e fechando a gaveta por dentro. Corri de volta para a sala, desesperado para checar. Rebobinei o vídeo. Meu sangue gelou. Na gravação, eu realmente me via entrando na Câmara 12… Mas quando o “eu” da câmera levantou o rosto, percebi a diferença: Aquela coisa não tinha olhos. Só dois buracos fundos e pretos… e mesmo assim, ela estava me olhando. O vídeo travou. A luz caiu. E no breu total, do meu lado, a mesma voz sussurrou: “Agora é sua vez.”