Video - A Lenda da Contorcida: Mistérios na Neblina de São Luiz do Paraitinga
“Essa é a lenda mais antiga de São Luiz do Paraitinga. E até hoje ninguém anda sozinho quando a neblina cai…” No final do século XIX, São Luiz do Paraitinga era só um vilarejo cercado por morros e havia uma regra que todos seguiam sem discutir, quando a neblina desce do rio você não olha para ela. A lenda fala da Contorcida, uma criatura que nasceu do luto de uma mulher que perdeu todos os filhos numa enchente em 1873. Dizem que seu corpo nunca foi encontrado. mas toda neblina que aparece dizem ouvir seu choro arrastado um misto de lamento e raiva. Quem jurava ter visto descrevia braços longos, pernas viradas para trás e um movimento estranho, ela se esgueirava pela mata perto do rio, Mas o que marcou a cidade foi o caso de Joaquim Bento, um simples tropeiro que voltava da venda ao anoitecer, Quando a neblina subiu pela estrada, ele nem percebeu. Só estranhou quando o som das próprias pegadas ficou abafado, como se a névoa sugasse o som. dizem ter sido a ultima coisa que ele ouviu. Dias depois encontraram apenas seu chapéu preso em um galho submerso e apenas sua camisa toda rasgada entre as pedras, O que mais assustou os moradores foi que durante três noites seguidas o rio ficou tomado por uma neblina pesada que não se movia com o vento e escutavam um choro baixo, arrastado da criatura… mas havia uma segunda voz, masculina como alguém que tentava pedir ajuda, Os mais velhos não têm dúvida: Joaquim teve o mesmo destino dos filhos perdidos da mulher que virou A Contorcida. Já outros acreditam em algo pior. Agora quando a neblina toca o rio, não é apenas a criatura que lamenta, dizem ouvir tbm aquele que um dia foi conhecido como Joaquim.