Video - A Fé Que Acolhe: A Jornada de Clara

A Igreja Que Era Só Para Alguns” Clara entrou na igreja acreditando que ali seria seu lugar de paz. Queria amigos, apoio, crescimento espiritual. Queria pertencer. Mas logo começou a enxergar aquilo que ninguém falava, mas todos percebiam: A igreja tinha dono. Ou melhor… tinha grupo. Era sempre o mesmo povo junto. As mesmas risadas. Os mesmos cochichos. As mesmas fotos nas redes sociais. E Clara, sempre de fora. Um domingo, viu as mulheres da igreja comentando: — “A festa ontem foi maravilhosa!” — “A gente tem que marcar de novo, né?” Clara, que nunca tinha sido convidada, fingiu que não ouviu. Elas nem se deram ao trabalho de disfarçar. Outra vez, viu um grupo saindo disfarçado depois do culto. Mais tarde descobriu que eram os “mais chegados” do pastor, que sempre faziam jantares, viagens, ensaios e reuniões especiais. Ninguém avisava. Ninguém chamava. Era como se existisse uma porta invisível que só alguns podiam atravessar. E sempre eram os mesmos nomes. No domingo seguinte, ouviu um dos rapazes dizer: — “Vamos lá no sítio do pastor depois?” — “Só o pessoal nosso, tá?” Clara estava atrás deles. Ninguém olhou pra ela. Ninguém pensou em incluir. A sensação era sempre igual: Ela entrava na igreja, mas nunca entrava no grupo. E tudo isso doía. Machucava. Porque ali dentro, falavam de amor ao próximo… mas amavam só os próximos deles. Falavam de comunhão… mas comungavam só entre si. Falavam de acolhimento… mas acolhiam apenas quem era da panelinha oficial. A “família da fé” tinha sobrenome, endereço e lista de convidados — e Clara não estava nela. Uma noite, ao chegar em casa, ela finalmente caiu em lágrimas: — “Eu só queria um lugar para pertencer… e me senti mais sozinha aqui do que em qualquer outro lugar.” Foi nesse silêncio que algo clareou dentro dela: A fé nunca exclui. Pessoas é que excluem. Clara não desistiu de Deus. Mas desistiu de tentar entrar onde claramente não queriam que ela estivesse. No domingo seguinte,