Video - A Chave do Tempo Esquecido
TĂtulo: "A Casa da Chave Esquecida" [CENA 1 – Chegada] Paro diante da casa no fim da estrada. As heras secas cobrem suas paredes como cicatrizes. Foram vinte e dois anos de abandono… e, ainda assim, a porta está entreaberta. NĂŁo a toco. Ela range sozinha, como se me convidasse a entrar. Dou um passo. O vento para. Atrás de mim, a porta se fecha com um estalo seco. Estou dentro. --- [CENA 2 – O SalĂŁo Principal] O ar Ă© pesado, cheio de poeira e passado. No centro do salĂŁo, um relĂłgio parado: 4:17. O silĂŞncio Ă© absoluto. Algo nĂŁo está certo. Meus olhos pousam num quadro torto. Uma famĂlia de rostos sĂ©rios, olhos vazios. Viro-o. Atrás, uma frase: “O tempo nĂŁo mente, mas engana.” NĂŁo Ă© sĂł uma frase. É uma pista. --- [CENA 3 – A Biblioteca] O chĂŁo range sob meus passos. A prĂłxima sala Ă© coberta por estantes antigas. Quase tudo empoeirado — exceto um livro vermelho. Ao puxá-lo, ouço um clique. Um compartimento se abre na parede. Dentro, um diário rasgado e um bilhete envelhecido: “Se chegou atĂ© aqui, ainda há tempo. Mas cuidado com os espelhos.” Espelhos… mostram mais do que deveriam. --- [CENA 4 – O Quarto do Espelho] A porta range. Um espelho trincado repousa na parede oposta. Me aproximo. Algo incomoda. Levanto a mĂŁo. Mas meu reflexo… permanece imĂłvel. Ele me encara. E aponta — nĂŁo para si, mas para trás de mim. Viro-me devagar. Na parede, quase apagadas sob a tinta rachada, leio: “A chave está onde o tempo parou.” O relĂłgio. --- [CENA 5 – A Verdade Escondida] Corro de volta ao salĂŁo. Examino o relĂłgio. Puxo sua base. Ela cede. Ali, embrulhada em tecido antigo, está uma chave dourada. Ao lado, um bilhete: “Quem encontrar essa chave encontrará a verdade. Mas terá que decidir se ela deve ser revelada.” Aperto a chave. Sei onde ela encaixa: na porta do porĂŁo. Algo me espera lá embaixo. --- [FIM – OU INĂŤCIO] > Posso abrir. Ou sair e queimar tudo. Mas talvez… seja tarde pra voltar.